Não quero amor de fim de semana!
Meu coração não conhece sábados, domingos ou feriados.
Há quem ousa, temporariamente, freá-lo ou pausá-lo. Que sejam temporários! Que sejam. Quem?
Não posso agendar meus sonhos, programar devaneios, fechar os olhos e simplesmente entrar em coma.
Não desejo isso.
E quando acordo, explodindo de paixão, vou à rua e grito.
E quando sonho, quero logo acordar e tomar minha porção de realidades sonhadas.
E quando me perco, longe, testa franzida, braços em cruz diante do peito ou mãos sobre os olhos a proteger-me do sol, é quando visualizo os tempos e as cheganças.
Não posso arquivar-me no domingo à noite e reativar minhas propriedades na segunda de manhã. E não quero esquecer os fardos da semana e viver lívida, calma e apaixonadamente meu final de semana em alguma colina verdejante.
Quero o amor hoje, que é quarta. Quero sonhar hoje que é semana. Quero acordar de repente e ver que é quinta-feira, ainda.
E estou viva, ainda.
Não quero regras: dias para se serem sonhados e dias para serem esquecidos; dias de viver e dias de se deixar levar; dias de ser e dias de ter.
Ao corpo em chamas, clamando pelo amado, quero apenas dizer: Ei-lo.
Ao coração que pergunta, apenas: Veja por si mesmo.
À mente perturbada: Durma, é só um sonho.
E ao derredor: Basta! Tomemos de assalto a vida.
É de hojes que são feitos os amanhãs.
19.07.2006
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